"LA MUJER INTELECTUAL Y EL PROBLEMA SEXUAL
Las mujeres que hemos escogido ser o nos ha escogido la suerte para compañeras intelectuales o iguales intelectuales de los hombres, nos quedamos, como clase, en una vida sexual incompleta. Somos en Grecia la hetaira, en la Edad Media la monja, la cortesana de la Edad Moderna, hoy en día la intelectual. Algo mutilado nos caracteriza (miro un cojo que atraviesa la calle apoyado en las muletas. En lugar de dos piernas tiene tres, pero no anda más aprisa, ni mejor, ha trocado una parte de su estructura biológica por una superestructura, pero esto no lo hace sentirse más feliz, porque no está completo en su ser natural) Nos caracteriza la infertilidad biológica: o no tenemos hijos o los tenemos un poco, mostrando como con esfuerzo, un deseo más o menos artificialmente cumplido, de manera que no es fruto de una madurez en pleno proceso natural, sino un consciente esfuerzo por cumplir. Cuando no una casualidad malhadada o una vergüenza que esconder, en ciertos casos. Pero mi pensamiento se mueve más allá de esta mutación biológica, a investigar si alcanzamos por eso mayor plenitud espiritual, o si en este aspecto también nos desnaturalizamos."
Nasceu na República Dominicana, viveu durante muitos anos em Cuba, e tinha uma visão do feminismo sui generis.
Li pela Internet um texto longo preparado em Cuba, por pesquisadores, com a finalidade de não permitir que se apagasse da memória das pessoas o trabalho dessa Professora. Estão lá os textos lidos nas conferências, as lições acerca da literatura hispanoamericana, as impressões sobre arte etc.
Tive conhecimento desse nome durante o exame de qualificação do meu Doutoramento e fiquei sinceramente satisfeita quando de verdade mergulhei nas ideias, nos projetos, nas comparações traçadas. Entre outras coisas, ela falou um pouco sobre o significado da paixão para as mulheres. Pensou em Santa Teresa, pensou na minha querida Mariana Alcoforado, pensou em Sor Juana Inés de la Cruz.
Depois de lê-la, escrevi o seguinte numa nota de rodapé da tese:
"Camila Henríquez UREÑA, leitora da obra de Sor Juana, já fez uma apreciação da condição feminina que interessa resgatar a propósito do desconforto que a novo-hispana pode ter sentido. Segundo ela, enquanto a mulher estiver mentalizada para a forma masculina de se afirmar em sociedade, pode ser que ela tenha muita dificuldade para encontrar a própria afirmação, quer dizer, pode ser que ela não reconheça o seu espaço de mobilidade, de intercâmbio, o seu repositório de energia vital. A partir do momento em que assumir o universo doméstico como referência central, de onde derivam as primeiras oportunidades de obter satisfação e sucesso, terá o trânsito facilitado, os pesos mais equilibrados na busca de afirmação e o próprio modelo traçado." Ainda tenho a mesma opinião acerca do valor do pensamento dela e acerca da satisfação que a mulher pode ter, mas às vezes repudia...
HÁ prazeres tão femininos e delicados que tentar suprimi-los ou vivencia-los aos pedaços é muito desgastante e sufocamos parte importante de nós ou sacrificamos fases importantes da vida como a maternidade.
ResponderEliminarPois é isso! Em casa, ao menos, o território é nosso. Por isso não há ganhar ou perder, é sempre construir. E a nossa opinião, a nossa atuação têm o relevo que têm, porque sentimos que estamos lá, que aquele trabalho nos compete. Fora de casa, dão-nos a impressão de que temos voz, mas é ganido, não é voz. Frustra mais, cansa mais, embrutece mais.
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